Em conversas que vou testemunhando na internet, constato o quão comum é a confusão entre Tradicionalismo e Absolutismo, quando de monarquia se fala.
É ainda na « Nação Portuguesa », em texto de Domingos Gusmão Araujo, que topo pequeno excerto bastantemente elucidativo para desfazer tal confusão, por demais deslocada:
" A Política é constituída sobre os dados da História; estes, juntando-se aos ensinamentos-teoremas da filosofia realista, reabilitaram a realeza protectora do povo.
Herculano, tantas vezes citado como um liberal, era, afinal de contas, um integralista. No 1º volume do Monge de Císter, pág. 131, vê-se como o povo fora « uma causa grande e forte porque a vida municipal, garantia única possível de verdadeira liberdade, não era ainda vertida em comédia pela monarquia absoluta, para esta a legar , transformada em farsa de títeres, às hierarquias ministeriais que aceitamos benevolamente como governos representativos ».
E no 2º volume, pág.150, volta-se contra a « monarquia absoluta, parente próxima do liberalismo moderno no desprezo estúpido e brutal dos mais venerandos monumentos dessas épocas de liberdade incompleta mas sincera, em que o monarca era o aliado dos povos ». "
Cristina Ribeiro
Fonte: Estado Sentido
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