«Um só monárquico faz mais
do que muitos republicanos»
Esta é uma frase que para um
monárquico não consubstancia uma mera construção retórica. Esta é uma frase
sentida e objectivamente verdadeira e cujo cristalino quilate da sua beleza,
simbólico e reconfortante, só é superado pela sagacidade da autora que a
proferiu.
O pensamento e o agir de um
cidadão monárquico são, indesmentível e diametralmente, opostos ao de um cidadão
republicano ou de um cidadão que não conhece sequer o que é ser monárquico em
Portugal (a maioria). Há um refinamento distintivo. Traduzem trilhos diferentes.
Os 870 anos de História são dados, os quais podem ser consultados e tiradas as
devidas ilações.
De facto um cidadão
monárquico, ou seja, muitos portugueses antes de 1910 e poucos assumidos após
aquela data, mas hoje também um norueguês, um sueco, um holandês, um
dinamarquês, um inglês, um canadiano, um japonês, etc, não pensam realmente como
um português republicano, um venezuelano, um congolês, um iraniano, um etíope,
etc. Há de facto diferenças e, cada vez mais, face ao actual cenário de crise,
importa considerar essas diferenças bem como as realidades de todas essas
nacionalidades. Essa consideração deve refletir os resultados de excelência que
as Monarquias Constitucionais têm ao nível do desenvolvimento humano, na
percepção de corrupção, da liberdade de imprensa e da democracia. Temos de
questionar se queremos continuar a pertencer ao grupo das repúblicas e, assim,
continuar a afundar-nos ou, em alternativa, pertencer ao grupo das Monarquias
enquanto modelo dos países mais desenvolvidos do mundo, precisamente, por
aqueles motivos enunciados. Sempre há uma alternativa e importa reter isto.
Presentemente, enquanto muitos
ainda se envergonham de assumir o seu gosto pela Monarquia portuguesa, os poucos
que se assumem destemidamente, traduzem uma realidade de um contra muitos
(estes últimos os ditos republicanos). Por isso, quando eram muitos
(monárquicos) contra muitos mais, fossem quem fossem, éramos quase
imbatíveis. Fomos um Império, por mais de 500 anos, pois tínhamos uma forma
de pensar e de agir colectiva completamente diferente daquela que nos foi sendo
impingida pelo republicanismo, ou seja, pelo caos e corrupção de 1910 a 1926,
pela ditadura de 1926 a 1974 e pela apatia e corrupção de 1974 a 2013. Por isso
é que, no final da tarde de 14 de Agosto de 1385, vencemos (com cerca de 7.300
homens), no Campo de S. Jorge, em Aljubarrota, unidos enquanto povo em torno do
Rei dos Portugueses, os castelhanos (com cerca de 29.500 homens) numa cifra de 1
para 4; Ou aguentámos as ofensivas, entre 1640 e 1668, 28 anos portanto, do
Império Espanhol na Guerra da Restauração. Uma vez mais o povo português soube
estar firmemente ao lado do seu Rei, o Rei de Portugal, unidos e destemidos em
prol da sua autodeterminação e liberdade.
Por isso preocupo-me
especialmente perante esta crise, que é grave, mas não mais grave que outras por
que passamos. Preocupo-me especialmente por ainda estarmos em república, ou
seja, num contexto de liderança completamente diferente daquele de quando
tínhamos Reis que se colocavam à frente para proteger Portugal e os portugueses
e não políticos que, complicadamente, enredados em teias complexas de interesses
económicos, não nos dão garantia, absolutamente nenhuma, de bom agoiro. Neste
formato não vislumbro um bom cenário ou, na melhor hipótese, apenas a repousante
retoma na enfastiante mediania dos últimos anos. Enquanto monárquico não é isso
que quero para o meu (grande) País.
Vivemos um problema de
paradigma e nesse contexto não se pedem pseudo reformas de circunstância
conjuntural, pedem-se sim roturas de regime e alterações de formato estrutural.
Pede-se que se tire proveito das circunstâncias adversas, para repensar um
regime que é dominado por políticos, por interesses económicos, por lóbis e não
por magistraturas.
Referendo ao regime, pelo bem
da Democracia e dos portugueses!
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