segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

É uma batalha pela alma de Portugal

 


Na coligação ad hoc que se foi formando ao longo dos últimos anos nesta guerra total contra os povos, destacam-se a esquerda radical, os anarquistas, os agitadores profissionalizados e os saqueadores saídos ou acicatados pelo campi universitários. Nesta dinâmica regional portuguesa de um movimento global, alguma esquerda portuguesa, se bem que timidamente, trata de afinar com o diapasão global da depuração, listando todos os vestígios portugueses de um passado que considera intolerável (nomes de ruas e jardins, monumentos, heráldica, estátuas), aplicando como critério a retroactividade que, a triunfar, resultaria no fim da cultura portuguesa. Daí resultaria a imposição ao povo português da aceitação de crimes que nunca cometeu, mas igualmente da colaboração de quantos aceitariam a culpa, tudo fazendo para a expiar, dedicando-se de corpo e alma à destruição do passado e à construção da nova humanidade. Os nossos monumentos , os nossos vultos e os nossos livros, as nossas estátuas e jardins são como um murmúrio do fundo dos tempos, lembrando-nos o que fomos e o que somos. Nós somos os devedores e os transmissores de uma entidade colectiva quase milenar que legaremos ao futuro. Esta luta de resistência não é, pois, a de brasões em buxo e "arranjos florais". É uma luta na qual também se decide se queremos ter futuro, identidade, memória, cultura e património, ou se nos deixamos apagar, diluir e desaparecer. Estou confiante de que o povo português triunfará e que este inimigo será a seu tempo repelido para as alfurjas de onde veio.

MCB

Fonte: Nova Portugalidade

Sem comentários: