É consternados e profundamente tristes que sabemos da morte do Tenente-coronel Comando Marcelino da Mata. Orgulhosamente português e guineense - pois os dois nunca se excluíram, complementavam-se - foi Marcelino o mais condecorado militar da História do Exército. Participou em mais de 2400 operações de combate em terras da Guiné. Por actos de heroísmo inigualado, foi condecorado com cinco Cruzes de Guerra e com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. Em 1975, forçado a fugir da sua Guiné natal, foi detido no Regimento de Infantaria de Lisboa e cruelmente torturado por extremistas ligados ao MRPP. Dura paga, a deste herói, pelo seu fiel patriotismo português.
Marcelino da Mata foi a encarnação de um Portugal espalhado pelo mundo, agente unificador de povos, línguas, religiões e cores, maior que o tribalismo e formado sobre a ideia maravilhosa da fraternidade entre homens. "Ditosa a Pátria que tais filhos tem", é o pensamento que nos invade ao lembrarmos este nome imenso da nossa História. Um dia far-se-á justiça, e Marcelino ainda repousará, como bem merece, no Panteão Nacional.
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