sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Saber com o que contamos

 



Ontem, na TVI, profanando a memória do Tenente-Coronel Marcelino da Mata, Fernando Rosas afirmou que o heróico guerreiro traíra o seu povo ao tomar partido pelo colonialismo. É evidente que Rosas se engana, pois Marcelino da Mata era cidadão português de pleno direito. Contudo, o mais grave é a revelação de um profundo preconceito racista que trata de recusar a um negro a plenitude dos seus direitos de português, apondo-lhe o infamante labéu de traidor. Se assim fosse, Joaquim Espírito Santo, Mário Coluna, Matateu, Eusébio, Hilário, Eduardo Nascimento, o Duo Ouro Negro e tantas centenas de desportistas, músicos, militares, juristas, médicos e académicos nascidos no Ultramar, ou filhos de africanos portugueses, foram traidores, colaboracionistas e inimigos dos seus povos. A extrema-esquerda que aplaudiu Pol Pot e todos os monstros a revelar aquilo que todos sabíamos: um profundo desconhecimento de Portugal, que é desde há séculos uma nação de muitos continentes e de muitas cores.

Fonte: Nova Portugalidade

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