quarta-feira, 31 de agosto de 2022
541 anos da morte de D. Afonso V, o Africano
terça-feira, 30 de agosto de 2022
Prometer, Promessa
segunda-feira, 29 de agosto de 2022
Não se preocupar e continuar a viver
O título deste artigo – tradução adaptada do ditado inglês stop worrying and start living – aplica-se a alguns governos eleitos por nós que conseguem fugir às suas responsabilidades, atirando as culpas de tudo para cima de causas que não controlam.
Uma das desculpas prediletas dos governantes, face a dificuldades sócio-económicas, é a de atribuir as responsabilidades da conjuntura nacional a uma alegada crise externa ou mundial que eles não controlam e cuja natureza é demasiado complexa para ser compreendida pelo cidadão comum que terá de se conformar, aceitando todas as medidas de contenção necessárias para ultrapassar a alegada crise. Subidas de juros, inflação, problemas na Saúde, Ensino, Segurança Social, etc. são justificadas com as crises a nível europeu ou mundial.
Outra desculpa que funciona às mil maravilhas é a das alterações climáticas. Incêndios, secas, inundações, quebras de produção, escassez de produtos agrícolas, da pecuária e até da produção de energia podem ser justificados com as alterações climáticas. O cidadão comum vai ter de se conformar, são causas alheias à governação – que pode ainda alegar que seria tudo muito pior se não fossem os subsídios governamentais para atenuar as calamidades.
Há ainda as guerras que afetam principalmente o preço dos combustíveis e cereais e que impulsiona a inflação, etc.. Uma guerra no extremo oriental da Europa faz aumentar os preços dos combustíveis e cereais no extremo ocidental, isto é, em Portugal que, segundo dizem, não dependia do gás russo, que continua a importar GNL da Nigéria, dos EUA e de outras origens e que poderia ter eletricidade barata do carvão da Colômbia mas decidiu, por causa das malditas alterações climáticas, fechar mais de 1 GW de potência das centrais a carvão. E o cidadão comum tem de conformar-se porque se trata de uma guerra que exige sacrifícios a todos e que o governo não controla.
Conclusão: o governo não tem responsabilidade de nada do que está a acontecer. Em relação aos incêndios, seca, inflação, Saúde, Ensino, etc., as causas são todas externas e incontroláveis. O governo não tem com que se preocupar, pode continuar a viver na maior tranquilidade… O povo aceita e conforma-se. Pelo menos enquanto acreditar nas desculpas!
Henrique Sousa
Fonte: Inconveniente
domingo, 28 de agosto de 2022
Santo Agostinho sobre a fragilidade da vida
Só Deus sabe quando será o fim do mundo: seja quando for, o tempo da fé é hoje. O tempo está próximo para todos nós, porque somos mortais. Caminhamos no meio de perigos.
sábado, 27 de agosto de 2022
sexta-feira, 26 de agosto de 2022
UMA ESTRUTURA COM UM PROBLEMA
quinta-feira, 25 de agosto de 2022
Professores de aviário?
O tempo de férias, politicamente, costuma ser «pacífico». Contudo, nos últimos dias, tem-se revelado muito preenchido. O Governo tem-no aproveitado para «apresentar» medidas «especiais», daquelas que se querem tomar, mas que não se querem fazer notar junto dos eleitores. Foi assim com a milionária contratação de Sérgio Figueiredo, para assessorar o ministro Medina. Mas que o próprio Figueiredo, após um tsunami de indignação nacional, acabou por declinar antes de entrar. Foi assim com o anúncio das alterações que se preparam, junto do «Ministério da Educação» (que deveria chamar-se «Ministério do Ensino»), a propósito das habilitações necessárias para «dar aulas» e permitir o alargamento do leque de potenciais candidatos. Notícia anunciada pelo próprio ministro da pasta, João Costa. Segundo o titular da pasta, as alterações ao diploma estão a ser preparadas e serão «publicadas brevemente».
Mesmo sem conhecermos as alterações, há todo um conjunto de preocupações que já se fazem sentir junto de alguns sectores do ensino, nomeadamente das famílias. Estas inquietam-se com a qualidade do ensino que poderá ser assegurado pelos docentes requisitados nas novas condições.
Se não é novidade para ninguém perceber que há falta de professores, no último ano lectivo isso ficou provado à saciedade. Foram milhares de alunos que ficaram sem docentes nas mais variadas disciplinas. Não apenas pela quantidade de profissionais que têm pedido a reforma, mas, também, por tantos milhares que abandona(ra)m o ensino por desmotivação e desinteresse na carreira. A juntar à falta de condições para uma realização pessoal e profissional plena, com salários baixos, junta-se o desrespeito perante a classe, a falta de autoridade, a indisciplina reinante e o excesso de burocracia das escolas.
Na sexta-feira, 12 de Agosto, o Ministro revelou os números da colocação em mobilidade interna e contratação inicial de professores para o ano lectivo de 2022-23. Referiu que as escolas tinham colocado quase todos os professores necessários para o arranque. Mas tal não se verifica. Apenas quem desconhece a orgânica das escolas e do sistema pode fazer uma afirmação destas. De um modo muito simples, o ministro parte do princípio que todos os professores do quadro colocados cumprem os critérios de componente lectiva máxima: 25 horas para os da educação pré-escolar e 1.º ciclo, e 22 horas para os do 2.º, 3.º ciclo e secundário. Mas isso não acontece devido à redução da componente lectiva que advém da idade, além da quantidade de docentes que, por questões de saúde, estão de baixa com atestado médico.
Esta situação, só por si, desmente os números apresentados. Mas há mais, o primeiro-ministro Costa referiu que os «97,7% dos horários pedidos pelas escolas tinham professores atribuídos», mas não referiu que as escolas tinham essa percentagem de alunos com professor a todas as disciplinas…
De um modo geral, as escolas só dia 18 de Agosto, ou mesmo no dia 1 de Setembro, aquando da apresentação dos docentes ao serviço, terão a noção exacta de quantos mais professores necessitarão. O envelhecimento docente leva a cálculos desfasados da realidade, porque a plataforma de concursos tem essa grande falha e, provavelmente, não interessa resolvê-la. Afinal, resolver essa «falha» estragaria os brilharetes das conferências de imprensa do ministro.
Voltando ao assunto primordial, importa sublinhar que o cerne da questão é que faltam muitos professores e a situação continuará a piorar nos próximos anos. Por essa razão, foi anunciada a revisão das habilitações para a docência. Essa revisão poderá trazer às nossas escolas «professores» sem componente pedagógica no currículo das suas licenciaturas ou mestrados que, depois, poderá ou não ser realizada através da profissionalização em serviço.
O ministro João Costa apresentou o exemplo flagrante da falta de professores de Informática; mas quem é o engenheiro informático que quer ser professor?… Com a falta de profissionais na área e com os ordenados que as empresas estão a oferecer, quantos enveredarão pelo ensino? Não será pelo vencimento e pela valorização profissional, certamente. E nas áreas da Geografia, História, Português, Inglês, Matemática e tantas outras?
Segundo o ministro, basta uma licenciatura e estão prontos a ser professores. É como criar frangos no aviário, alimentados a Farinha 115, e em 21 dias ficam prontos a seguir para o matadouro…
E, agora, a questão central: o que é necessário para que não faltem professores?
A solução é sabida, mas não tem havido vontade política para a executar.
Existem professores com formação sólida que seguiram outras profissões devido às más condições da carreira. Muitos voltariam a ser professores se os salários, entre outras condições, melhorassem. A opção governativa foi outra: qualquer formação serve para «dar aulas».
Para a opinião pública, parece uma estratégia muito meritória de combater a «falta de professores». Contudo, a grande questão, é que não faltam professores. Falta é vontade de atrair para pension os professores que existem.
De acordo com a mesma lógica socialista, se há falta de médicos e engenheiros, por que não se abre a porta a outros profissionais para colmatar as falhas?!…
Porém, em boa verdade, também podemos escrever que a habilitação profissional, em si mesma, não garante profissionalismo docente. Mas o que é certo é que, até prova em contrário, «professores de aviário» não resultarão e, mais grave do que isso, apesar de mais baratos aos cofres do Estado, sairão muito mais caros ao país e, especialmente, aos nossos filhos e netos. Afinal, com formadores sem alicerces pedagógicos, o ensino não oferecerá a qualidade necessária aos novos desafios que temos pela frente. Perante esta evidência, percebemos que o Governo, após sete anos de vida, e mesmo com um novo ministro na pasta, continua sem rumo, sem estratégia e sem visão.
Quando se governa para quatro anos, não se trabalha na prevenção de problemas para os quais já havia alertas há muito. Afinal, é mais fácil «empurrar com a barriga» e, após algum tempo, diz-se que se trata de «problemas estruturais».
E agora?
Agora, é desenrascar!… Ou seja, mandar jovens com défice de preparação científica, pedagógica e deontológica, «dar aulas».
Estatisticamente, que é o que importa ao Governo, o problema ficará, mais ou menos, resolvido. Afinal, vivemos tempos em que os números são evidências para discursos, debates, cartazes e reportagens. Para estes «brilharetes», a quantidade impera face à qualidade. E não se liga coisa nenhuma à qualidade: qualidade das aprendizagens; qualidade das experiências de iniciação à profissão; e qualidade da relação professor-aluno.
Pagaremos todos, e a curto prazo, a falta de responsabilidade da classe política e a falta de investimento na qualidade da Escola.
Os avisos têm sido constantes, mas a navegação à vista impera, até o barco começar a afundar. E, se não houver cautela, afundará mesmo.
Finalmente, importa perceber que «dar aulas» é uma coisa. Ensinar é outra, e bem distinta! E as nossas escolas precisam de Professores que ensinem, não de «alguém» que «dê aulas». A não ser que o objectivo seja formar «futuros socialistas» na arte do «desenrascar» e pensar apenas no presente. Neste caso, percebemos que qualquer pessoa servirá para «dar aulas».
O combate pela qualidade no ensino é – e será – duro. Não é por ninguém em particular que deve ser travado, mas por Portugal e pelos Portugueses! Um combate pelo futuro dos nossos filhos e netos, que têm direito a um Portugal decente!
Arregacemos as mangas por Portugal!
Os Portugueses bem o merecem!
José de Carvalho, Professor e Investigador de História
Fonte: Inconveniente
quarta-feira, 24 de agosto de 2022
El-Rei Dom João I conquista a Praça de Ceuta
terça-feira, 23 de agosto de 2022
O BCE e outros vão aumentar a taxa de juro…
O BCE vai aumentar as taxas de juro. Surpresa? Alarido? Frases piedosas de inevitabilidade?
O FMI também vai aumentar? E o Banco Mundial? E o FED, etc?
Quem provoca o sobe e desce dos preços, que ninguém entende, nomeadamente os da energia com o crude à cabeça? A guerra que é cíclica? E quando não há guerra, isto é, há, mas ninguém repara nelas?
As agências de “rating” como vão reagir? A farsa do costume?
Atiram-se desculpas para cima da desgraça (que surge sempre do nada?), do momento?
É o lobby já antigo das “sete irmãs”? [2]
A culpa é da OPEP? [3]
Da Globalização?
Há especulação bolsista?
Ninguém vê, ninguém ouve, ninguém sabe…
Portugal com o “Estado Novo” fundado por Oliveira Salazar, nunca se deixou cair ou enredar, numa posição em que pudesse ficar refém destes “grupos” e organizações e, de um modo geral, do sistema financeiro internacional. Vivíamos pobres é certo, mas honrados, pois vivíamos do que produzíamos, amealhávamos e investíamos.
Não vivíamos do que nos emprestavam – a não ser pontualmente e pontualmente se pagava – nem se entrava em esquemas especulativos.
Não devíamos nada a ninguém e o orçamento estava equilibrado, ou seja, não se gastava mais do que se tinha. O Estado também pouco devia aos particulares.
A Bolsa não era um casino e as reservas de ouro e divisas, representavam um seguro de vida.
Os paraísos fiscais não eram acarinhados (apesar de todos os condenarem…).
Um verdadeiro milagre face ao descalabro dos últimos 130 anos…
A Nação vivia remediada, mas o Estado era, de certo modo, rico. E com isso protegia-nos a todos, até porque não havia necessidade de esbanjar dinheiro em promessas eleitorais frustres.
Os banqueiros não punham o pé em ramo verde e o capitalismo selvagem americano (agora apelidado de liberal) ficava sempre a uma prudente distância. Aprendeu-se bem com a crise da “Wall Street”, de 1929 e com a crise da libra, em 1931.
Não tínhamos que dobrar a cerviz a ninguém.
Durante cerca de trinta anos não se recorreu a mercados externos, e quando se recorria era o governo português que escolhia os credores e negociava, quando não impunha as condições. Nunca houve falta de crédito, mesmo tendo em vista a estafada mentira do “orgulhosamente sós”.
O Banco de Portugal não era dominado por famílias de financeiros sem rosto, tão pouco, pasto de organizações financeiras internacionais predadoras.
Acharam isto mal e passaram a fazer tudo ao contrário depois de 1974?
Pois têm (temos) o que merecem…
As coisas passam-se, em termos simples, mais ou menos da seguinte maneira (passando-se tudo debaixo dos nossos narizes, logo é menos visível…).
Numa situação “normal” (isto é, de alguma estabilidade económica) o sistema financeiro abre generosamente os cordões à bolsa e facilita e incentiva os empréstimos – chegando-se hoje em dia, ao cúmulo de existirem juros negativos. Quando o grau de endividamento (que cada vez se alarga mais) das famílias, das empresas, dos diferentes órgãos do Estado e dos próprios Estados, atinge um determinado valor, aproveita-se uma crise qualquer política, social, económica, etc. – ou cria-se uma artificialmente (as guerras são o ideal nestes casos) – e, subitamente o acesso ao crédito é drasticamente cortado e torna-se mais caro.
Isto faz com que uma grande quantidade das famílias e empresas, órgãos do Estado e o próprio Estado, fiquem impossibilitados de pagar os empréstimos e o serviço da dívida, gerando-se uma monumental venda ou captura de activos, causando falências, largando muita gente na pobreza e limitando cada vez mais a liberdade de todos.
Quando as situações de crise, provocadas ou não, passam, ou simplesmente o torniquete aplicado está prestes a causar uma explosão social ou torna a vida insuportável, facilita-se novamente o acesso ao crédito e as famílias, as empresas, os órgãos do Estado e o Estado, ele próprio, desatam novamente a endividar-se, sem nunca aprenderem nada.
Os ciclos vão-se repetindo cada vez com menos restrições (regulação) e com processos (cada vez mais refinados/loucos) de usura.
A escala é cada vez maior…
A riqueza está, deste modo, a ser sugada da base da pirâmide para o topo, gerando um poder e riqueza cada vez maior nas mãos de cada vez menos.
O esquema começou há muito tempo com a “invenção” de fazer “dinheiro a partir do nada”, que teve início com a criação do juro (que todas as religiões monoteístas condenaram no início e durante séculos – hoje é o que se vê – sendo S. Tomás de Aquino [4] aquele que melhor enquadrou a questão); aumentou com a criação das bolsas de valores, piorou com a usura e a especulação, que são transversais a tudo [5]; tentou-se moderar com a existência de um padrão-ouro (e de outros metais nobres) que originou o acordo de Bretton Woods, em 1944, e a correspondência do valor facial da moeda ao seu valor real (que acabou com a invenção do cuproníquel), mas nada deteve a sofreguidão em querer fazer e dispor de mais dinheiro.
O presidente Nixon acabou, unilateralmente, com o padrão-ouro e colocou os “petrodólares” a funcionar.
Mas agora anda tudo em roda livre (até se inventam cripto -moedas) e parece que ninguém sabe o que fazer.
Salvam-se as moedas de “referência”, a saber o dólar, a libra, o franco suíço e agora o euro.
Também ninguém sabe explicar porque é que isto se passa assim, isto é, porque é que há moedas que são de referência e as outras que valem… o que valem. Parece que é uma questão de confiança…
O escudo português nunca foi uma moeda de referência (como era a moeda nacional no tempo de D. Manuel I) mas era uma moeda respeitada e chegou a ser considerada em 1973/4 como a sexta mais forte do mundo.
Querem os nacionais continuar nesta senda? É porque gostam de ser escravos? Mordam-se!
Julgam que podiam ter sol na eira e chuva no nabal, em simultâneo? Então divirtam-se enquanto esperam sentados!
Querem estar no sempre em festa e no compre hoje e pague amanhã, saltando de cartão de crédito em empréstimo? Paz às vossas almas mas, depois, não se queixem!
Responsabilidade maior? Dos políticos, obviamente.
A maioria é ignorante e nem sabe ao que anda (a não ser dos seus negócios) – o que se pode esperar de gente oriunda de partidos políticos? Outros são “capturados” pelo “sistema” e são coniventes.
A grande maioria dos Presidentes da República depois da Constituição de 1976 ter sido aprovada, primeiros-ministros, presidentes do Parlamento e líderes dos partidos do centrão político, antes de o serem, passou, pelos menos, por uma reunião de um determinado “grupo” internacionalista, dito de “pensadores”, conhecido.
O primeiro-ministro António Costa e o anterior (dito) líder da oposição, Dr. Rui Rio, foram até juntos (em 2008), em parelha, a uma dessas reuniões. Nem sei porque é que há tanta gente admirada por não se notar ter havido qualquer tipo de… oposição…
Entretanto dispararam as taxas de juro das dívidas soberanas e o BCE (agora também às voltas com a inflação) já não sabe o que há-de fazer. É que já não tem só a Grécia e Portugal para resgatar ou salvar, já são quase todos os países da UE e o próprio euro. Por maioria de razão Portugal (que já vai com mais de 120% de dívida pública) – cujos governantes não sabem fazer mais nada do que vender o país, estender a mão e pedir emprestado – está já com as barbas a arder.
Mas a culpa, obviamente, continua a ser do Professor Salazar, esse ditador, mesquinho, provinciano e de vistas curtas, no dizer dos filhos d’algo modernos, impolutos, democratas do mais fino recorte e, naturalmente, de vistas largas, que para aí pontificam.
Isto vai de mal a pior e só não bate no fundo, pois há muito que deixou de haver fundo.
João José Brandão Ferreira, Oficial Piloto Aviador (Ref.)
Notas:
[1] Judeu Askenazi, nascido e enterrado em Frankfurt (23/2/1744 – 19/9/1812); Varão que deu origem à “dinastia” financeira mais rica e poderosa do mundo.
[2] As sete maiores e mais antigas multinacionais do petróleo.
[3] Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
[4] Dizia São Tomás: “A cobrança de juros é errada porque equivale a uma cobrança dupla, cobrando tanto pela coisa como pelo uso da coisa”; e “o pagamento de juros era para pagar um preço pela passagem do tempo e, como o tempo é um bem possuído por todos não se pode cobrar por ele”.
[5] Usura, pecado de juro abusivo, excessivo ou lucro exagerado sobre um empréstimo. Ainda São Tomás na sua “Suma Theológica” “São dignos de morte não somente os que cometem pecados, senão também os que consentem aos que fazem. Ora, quem recebe dinheiro mutuado, sob a condição de pagar usura, consente no pecado do usurário e dá-lhe ocasião de pecar. Logo também peca”.
Fonte: Inconveniente