quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Nova Presidente do Parlamento Europeu: uma falsa católica aprovada por Soros

 


Os Bispos da Europa saudaram favoravelmente a eleição de Roberta Metsola, católica maltesa pró-aborto e pró-LGBTQI+, para a Presidência do Parlamento Europeu.  

A mulher mais jovem alguma vez eleita para dirigir o Parlamento da UE é descrita, num relatório do Open Society European Policy Institute, do filantropo de esquerda George Soros, como tendo «pontos de vista muito progressistas».          

Na terça-feira, 18 de Janeiro, Metsola obteve 458 dos 690 votos expressos, obtendo o apoio dos socialistas e democratas, e batendo os candidatos apoiados pelos Verdes, pela esquerda radical e pelos nacionalistas conservadores. Embora diversos meios de comunicação social a tenham rotulado confusamente como «antiaborto», alguns católicos malteses consideram-na uma «falsa católica ao estilo de Joe Biden». É bem conhecido que Metsola votou várias vezes contra o aborto no Parlamento Europeu.  O que é menos conhecido é que a nova Presidente apresentou uma resolução contra a Polónia pelas suas leis antiaborto.           

De acordo com um membro da Sociedade Maltesa para a Civilização Cristã – Pro Malta Christiana: «Em Malta dizia ser contra o aborto, enquanto em Bruxelas, durante o seu mandato de eurodeputada, declarou frequentemente que era a favor dos chamados direitos reprodutivos das mulheres». De facto, os jornalistas perguntaram à recém-eleita Metsola se queria esclarecer a confusão em torno da sua posição sobre o aborto, uma vez que alguns membros franceses do Parlamento Europeu tinham manifestado reservas quanto à sua posição sobre o assunto. A responsável, de 43 anos, declarou categoricamente: «É a do Parlamento Europeu, que, quando falou da saúde reprodutiva e dos direitos reprodutivos, nunca foi ambíguo. Sempre disse que queria que estes direitos fossem mais bem protegidos».    

Metsola também afirmou que tinha recentemente apresentado uma resolução que condena a lei polaca contra o aborto: «Promovi-a e apresentei-a. (...) Isto é exactamente o que farei com todas as posições que foram tomadas sobre esta questão em todos os estados-membros».

O que é certo é que o relatório financiado pela Open Society Foundation, de George Soros, intitulado “Aliados confiáveis no Parlamento Europeu (2014-2019)”, elencou Metsola como uma aliada «muito apaixonado por questões migratórias», bem como «asilo, igualdade de género, direitos LGBTI e os direitos de todas as minorias». Os propagandistas de Soros consideram-na uma aliada em termos de agenda globalista e anticristã, embora Metsola tenha negado qualquer ligação com o agitador de extrema-esquerda.

As suas posições pró-imigração são também bem conhecidas e Metsola atacou várias vezes a Polónia e a Hungria, dois países que rejeitam as ondas migratórias islâmicas para defender o próprio património cultural cristão. Dadas as suas posições para a centralização do poder à custa das soberanias dos estados-membros, a sua eleição parece mais um passo em frente no plano euro-federalista de reduzir os restantes vestígios das soberanias nacionais.

Por seu lado, o Cardeal Jean-Claude Hollerich, Arcebispo do Luxemburgo e Presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE) – ignorando o facto de que as persistentes posições pró-LGBT de Metsola no passado estavam em clara violação do ensinamento católico –, congratulou-se com a recém-eleita, em nome da COMECE, dizendo que esperava trabalhar com Metsola «para o bem comum». «Já tivemos a oportunidade de trabalhar com ela e reconhecemos as suas qualidades: é uma pessoa brilhante que será, certamente, capaz de desempenhar este importante papel institucional de uma forma excelente», afirmou Hollerich num comunicado de imprensa.

O Bispo Joseph Galea-Curmi, Bispo Auxiliar de Malta e Delegado da Conferência Episcopal de Malta para a COMECE, aplaudiu Metsola na Rádio Vaticana, dizendo que poderia «inspirar um grande consenso dada a divisão política da Europa».  

É de notar que o sacerdote conservador maltês Davide Muscat tinha explicado, num vídeo do YouTube, em Outubro de 2020, como Metsola «desencadeou um feroz ataque contra a Polónia e os católicos polacos». Embora o seu partido em Malta (Partido Nacionalista) «já não seja nacionalista ou católico», ela «enganou os católicos malteses no passado e tem sido constantemente eleita, por vários milhares de eleitores católicos, para o Parlamento Europeu», advertiu Muscat.      

A este respeito, o sítio católico americano Church Militant contactou a COMECE perguntando porque é que os Bispos estavam tão entusiasmados por apoiar uma presidente católica que, tão clara e publicamente, repudia o ensinamento católico, mas não recebeu qualquer resposta.      

Philip Beattie

Fonte: Dies Irae

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