A “Pipa Room” na Casa Seabra acolheu na passada quinta-feira, dia 6 de Setembro, um jantar digno de reis e rainhas. Organizado pela Real Associação de New Jersey este jantar trouxe mais uma vez ao Estado Jardim Dom Duarte e Dona Isabel de Bragança.
Elegantemente decorado nos tons monárquicos lusos, o azul e branco, o espaço transformou-se num alegre convívio entre amigos de longa data que partilham a vontade e a esperança de ver o seu país natal ser representado por um Rei e Rainha, num caso mais concreto pelos Duques de Bragança, descendentes do último rei de Portugal.
Além de um cardápio digno da realeza e da troca de histórias e bem hajas, a noite teve ainda momentos muito especiais como o cantar do hino monárquico - “Deus, Pária, Rei” -, interpretado com muita emoção pelo coro real da Associação, liderado pela presidente Glória de Melo.
“Eu tinha fundado uma fundação cultural portuguesa com a inspiração do senhor Dom Duarte. Num dos nossos jantares ele veio cá; estavam as reais a começarem a formar-se em Portugal e por isso acabamos por resolver assim criar uma Real aqui também. Começámos então a Real em 1994, registámo-nos em 1995. Naquela altura houve muito entusiasmo, tínhamos um grupo muito razoável. Mas os anos passam e muitos dos nossos sócios mudaram-se para um lado ou para outro. Mas hoje tive a boa notícia de que há um grupo de jovens em Nova Iorque que quer começar uma Real e quer fazer um contrato de colaboração entre as duas associações. Estou muito entusiasmada porque é sangue novo e podem desenvolver muito sobretudo entre outros jovens”, conta Manuela Chaplin.
Para este grupo de pessoas, de amigos e colegas, o sonho de ver um dia Portugal regressar à monarquia continua vivo, apesar de fazerem questão de realçar não estarem a falar de uma monarquia absoluta como as de muitos séculos atrás, mas sim uma monarquia moderna à semelhança de tantos outros países europeus.
“Eu acho que hoje em dia as monarquias estão um bocadinho em crise como está o mundo inteiro. A humanidade está toda em crise. Mas sou daquelas pessoas que acreditam em ciclos e em que há uma onda. Nessa altura haverá uma atitude diferente porque as monarquias hoje em dia não são forças de poder absoluto; são forças democráticas conjuntamente com o povo. O fim das famílias monárquicas hoje é o preservar da realidade histórica que foi o principio das nações. A história é algo que vale a pena preservar e de passar aos mais jovens. É parte da nossa vida. O presente é o continuar do passado”, explica Manuela Chaplin.
Fonte: Contacto E.U.A. New Jersey
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