Embora se desconheça a data exacta da votação deste relatório, é provável que tenha lugar na próxima sessão plenária, que se realizará nos dias 23 e 24 de Junho.
Foi por isso que a Federação Europeia One Of Us fez público um comunicado no qual adverte que o relatório Matić «não defende os direitos humanos, porque o aborto não é um direito humano. Nunca foi e nunca será. Não foi reconhecido por nenhuma declaração ou por qualquer tribunal internacional como um direito humano».
One of Us assegura que o relatório «ultrapassa as competências da União Europeia (UE), abordando questões como a saúde, a educação sexual e a reprodução, bem como o aborto e a educação, que são poderes legislativos dos Estados-Membros e não da UE».
Alerta também que «os princípios e fundamentos europeus de respeito pelos direitos humanos, o Estado de direito, as tradições dos cidadãos europeus e a soberania dos Estados-Membros são inerentes às raízes e aos princípios da União Europeia. Se estes valores forem esquecidos ou pisoteados, a União Europeia perde o sentido que teve desde a sua fundação, convertendo-se num totalitarismo face à nossa convivência».
One of Us constata que o relatório Matić «viola a dignidade da mulher, propondo a contracepção e o aborto em vez da maternidade. Este relatório cria uma mensagem da UE que mina a dignidade e a singularidade das mulheres enquanto mães. Ao invés de oferecer verdadeiras alternativas às mulheres que estão à espera de um filho, informando-as adequadamente e como se espera em qualquer campo sanitário ou farmacológico, oferece-lhes a eliminação do filho que está no seu útero como opção única ou preferencial. Isto afecta directamente a dignidade da mulher na sua maternidade e também afecta o direito à objecção de consciência».
«Os cidadãos europeus exigem que as instituições europeias trabalhem na resolução dos problemas que surgem na nossa sociedade sem imposições ideológicas», sublinha o comunicado.
Por último, One of Us solicita ao Parlamento Europeu «que anule este relatório tão iníquo e surpreendente. Como cidadãos europeus comprometidos com a saúde das mulheres de diferentes idades, pedimos aos nossos representantes parlamentares europeus uma reformulação urgente deste assunto».
Fonte: Dies Irae
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