D. José Miguel Gambra, na sua magnífica obra Lá sociedad Tradicional y sus enemigos, (à venda na Amazon), diz-nos que até os pagãos já conheciam esta superioridade do Bem Comum e cita Plutarco, na história de uma mulher espartana que pergunta ao seu escravo, o resultado da batalha onde participaram os seus cinco filhos.
O escravo respondeu, "os teus filhos morreram". "Vil escravo-respondeu ela- foi isso que te perguntei? O que quero saber é se alcançamos a vitória".
Ao saber da vitória, a mãe correu ao templo para dar graças aos deuses.
Este Bem Comum que é de todos, não é um somatório de benzinhos pessoais, até porque ele dará cabo de alguns, ele é singular por ser Uno, mas em simultâneo Comum porque a todos pertence.
É o pensamento Cristão que alarga a todos a possibilidade de se aceder a um Bem Comum transcendente, por intermédio da Santa Igreja, algo que nos pode levar à felicidade e à beatitude da Perfeição.
Claro que tal não contraria o Bem Comum do Município, da Sociedade ou da Pátria. Estes serão sempre os pequenos degraus, singulares e ao mesmo tempo de todos, que nos catapultarão para a Perfeição de Deus.
Deixemos por isso a mesquinhez egoísta dos dias de hoje, do açambarcamento sórdido, porque o importante é eu ter, mesmo que tal a todos prejudique, do podes morrer à fome porque me podes infectar, da delação como forma de garantir o meu gozo pessoal.
As sociedades eram, até ao cataclismo liberal, naturalmente perfeitas.
Todos sabiam que, até a mais simples enxadada na terra, conduzia à Perfeição.
Sem o menor misoneísmo, colhamos da experiência de gerações extintas, a chave misteriosa do nosso futuro. (esta foi roubada a António Sardinha).
Valentim Rodrigues
Por Deus, Pátria e Rei
Fonte: Causa Tradicionalista
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