segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

É mesmo o Depois de Vós!

Sempre dentro de seguras portas, o homem não pára, desdobra-se em visitas entre amigos.
Decerto não terá sido um acidente, um "imponderável" como agora eles dizem. Podiam ter arranjado outra gracinha, mas encontraram a mais oportuna, dado o momento que o país vive e sente. Talvez por obra e graça de um acólito mais afoito, a cabeça da República protagonizou mais um numerozinho de circo, quando deu de si o oportunamente afrouxado prego que segurava a moldura enquadrando a Bandeira Nacional da Monarquia Constitucional. Na galeria de bandeiras que um dia foram os símbolos de Portugal, escolheu-se precisamente a mais conhecida.
Estava o timorato cavalheiro a babar-se de subserviência por umas trivialidades financeiras proferidas pelo imperator Sr. Obama, quando foi interrompido por um grande estrondo. O mencionado quadro acabava de cair ao solo. Oportuno, não? Sabemos como esta gente "assessória" funciona e qual é o seu nível mental, especialmente nestes momentos em que teme pelos seus "parcos haveres".
Agora é de manhã à noite, não param, estão mesmo apertados. Tudo truques, tudo fogo de vista. Não contam é com o claro sinal enviado, tão certo como um mais um serem dois.
Este episódio pode até ser visto de outra forma, precisamente aquela que não lhes passou pela cachimónia. O estrondo e a imagem do azul e branco a lembrar-lhes uma persistente e teimosa presença, apenas podem significar uma coisa: estamos aqui, Depois de Vós, Nós!

Nuno Castelo-Branco
 

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