A manutenção da administração do Novo Banco, presidida por António Ramalho, só se explica pela vontade de António Costa. O Novo Banco está intervencionado pelo Estado e a sua administração depende do Fundo de Resolução (a qual é nomeada pelo Governo e Banco de Portugal). Por sua vez, o governador e administradores do Banco de Portugal são escolhidos pelo Governo.
O Fundo de Resolução é presidido, desde 2017, por Luís Augusto Máximo dos Santos, que acumula com o cargo de administrador do Banco de Portugal. De 2013 a 2017, o Fundo de Resolução foi presidido por José Joaquim Berberan e Santos Ramalho.As escutas telefónicas no processo Cartão Vermelho, a Luís Filipe Vieira, José António dos Santos, outros responsáveis do Benfica e empresários de futebol com negócios com o clube da Luz, evidenciam uma promiscuidade da direção do Novo Banco com benesses absurdas no perdão de dívidas e na concessão de crédito ao presidente da agremiação desportiva. O mesmo se deve dizer da administração do Fundo de Resolução bancário, e agora até do Banco de Portugal, governado pelo ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, envolvido no caso dos bilhetes para jogos.
Luís Filipe Vieira tinha lesado o Banco Espírito Santo em centenas de milhões de euros, era um dos maiores devedores e estava na prática falido. Mas continuava a obter vantagens irracionais do Novo Banco e do Estado para os seus negócios.
Transparece das escutas captadas pela polícia, por indicação do Ministério Público e autorizadas por um juiz de instrução, que Ramalho e sua equipa no Novo Banco, prejudicaram, sem motivo atendível, a própria instituição e o Estado que aí comprometeu o seu capital.
A conjectura que não pode evitar-se é que uns e outros agiram com prejuízo do Novo Banco, dos seus funcionários e clientes, e da fazenda pública porque sabiam que o patrão António Costa queria a satisfação dos interesses do presidente do Benfica. O actual primeiro-ministro pertenceu à comissão de honra da recandidatura de Vieira e era frequentemente convidado para jogos no estádio.
A presença televisionada na tribuna do estádio da Luz durante os grandes jogos tem para António Costa (e Mário Centeno) um valor astronómico comparado com a defesa do tesouro público e o interesse do Estado.
O desenlace correcto desta tramóia deve ser o afastamento de António Costa do poder, a demissão da administração do Novo Banco, do Fundo de Resolução, do Governador e administradores do Banco de Portugal que os protegem, e a responsabilização judicial de todos os envolvidos.
António Balbino Caldeira
Transparece das escutas captadas pela polícia, por indicação do Ministério Público e autorizadas por um juiz de instrução, que Ramalho e sua equipa no Novo Banco, prejudicaram, sem motivo atendível, a própria instituição e o Estado que aí comprometeu o seu capital.
A conjectura que não pode evitar-se é que uns e outros agiram com prejuízo do Novo Banco, dos seus funcionários e clientes, e da fazenda pública porque sabiam que o patrão António Costa queria a satisfação dos interesses do presidente do Benfica. O actual primeiro-ministro pertenceu à comissão de honra da recandidatura de Vieira e era frequentemente convidado para jogos no estádio.
A presença televisionada na tribuna do estádio da Luz durante os grandes jogos tem para António Costa (e Mário Centeno) um valor astronómico comparado com a defesa do tesouro público e o interesse do Estado.
O desenlace correcto desta tramóia deve ser o afastamento de António Costa do poder, a demissão da administração do Novo Banco, do Fundo de Resolução, do Governador e administradores do Banco de Portugal que os protegem, e a responsabilização judicial de todos os envolvidos.
António Balbino Caldeira
Fonte: Inconveniente
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