sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Se os meios de comunicação católicos pró-vacina são pagos por Soros e Gates

 


Uma investigação bem documentada do website americano Church Militant revela como a Google, Soros e Bill Gates financiam os meios de comunicação católicos pró-vacina a fim de se oporem aos que na Igreja não estão de acordo com a mensagem vacinalista. E descobre-se que a liderar o consórcio de meios de comunicação católicos que se autodenominam fact-checkers (ou seja, que verificam a veracidade das notícias, neste caso sobre vacinas anti-COVID) é o website Aleteia, publicado em sete línguas, que goza de uma estreita colaboração com o Dicastério para a Comunicação do Vaticano, bem como com o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.  

O consórcio, que inclui cerca de trinta publicações, está activo há alguns meses e está à procura de novos recrutas através do seu website catholic-factchecking.com (que é definido International Catholic Media Consortium on COVID-19 vaccines). E o consórcio é um dos onze projectos (de 309 concorrentes de 74 países) que partilharam os 3 milhões de dólares disponibilizados, pela Google News Initiative, através do COVID-19 Vaccine Counter-Misinformation Open Fund.          

Em suma, a Google está preocupada com aqueles que questionam a narrativa segundo a qual a vacina é a única salvação da humanidade e está a utilizar todo o seu poder para contrariar capilarmente o inimigo. Dado que a Google é o principal motor de pesquisa no mundo, isto só por si deveria suscitar alguma preocupação. Preocupação que deveria tornar-se inquietude quando soubemos que, desde 2019, o “irmão” da Google (emanação da mesma empresa Alphabet), Verily, que se ocupa de saúde, tem uma «aliança estratégica» com grandes empresas farmacêuticas, entre as quais a Pfizer. Além disso, Verily é, actualmente, um parceiro da Pfizer e do Duke Clinical Research Center no estudo da segurança a longo prazo das vacinas para o COVID.     

Curiosamente, ninguém suspeita que exista qualquer conflito de interesses. No que diz respeito aos católicos, então, o facto de a Google promover abertamente os direitos reprodutivos (contracepção e aborto) e a agenda LGBTQ deveria dar origem a alguns escrúpulos... Mas, evidentemente, pecunia non olet e, quando confrontados com a necessidade de dobrar qualquer resistência às vacinas entre os católicos, não se pode ser demasiado subtil. Afinal de contas, a Aleteia tem uma parceria consolidada com a Google desde 2013. Mas não é tudo: para se qualificar para beneficiar de fundos da Google News InitiativeCatholic Factchecking valeu-se do aconselhamento de um instituto de investigação espanhol, o Instituto de Salud Global (ISGlobal), de Barcelona, que, por sua vez, recebeu 57 milhões de dólares da Fundação Bill e Melinda Gates e 150 mil dólares da Fundação Open Society, de George Soros, de acordo com Church Militant.

Para além de ter interesses directos na campanha de vacinação (especialmente Gates), Church Militant salienta, com razão, que ambas as fundações há não mais de seis meses atrás patrocinaram o relatório Tip of the Iceberg, destinado a desacreditar os movimentos pró-vida europeus, incluindo a COMECE (a Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia).   

Mas há outro aspecto, no mínimo, perturbador: no comité científico preparado pela Catholic Factchecking encontramos três membros da Pontifícia Academia para a Vida, incluindo o seu Chanceler, Monsenhor Renzo Pegoraro. Os outros dois são Rodrigo Guerra López e o Padre Alberto Carrara. Este último mostra-nos como estes pequenos soldados se movem para neutralizar qualquer um que saia da linha traçada, qualificando, precisamente nestes dias, no Twitter, um artigo do jornalista do National Catholic Register Edward Pentin como fake news.       

Pentin tinha escrito um artigo criticando o apoio aberto da Pontifícia Academia para a Vida à vacinação de crianças apesar dos riscos comprovados; e, para o provar, tinha publicado uma lista detalhada de 48 casos de crianças americanas que morreram após terem sido inoculadas com a vacina Pfizer, um elenco que pode ser encontrado na base de dados que relata eventos adversos ligados à vacinação (VAERS). «Como membro da comissão científica de catholic-factchecking.com – tweetou o P. Carrara –, estou na mesma linha de Annamaria Staiano, Presidente da Sociedade Italiana de Pediatria: “Todas as comunidades científicas de pediatras são a favor da vacinação contra o COVID para a faixa etária 5-11 anos”»Portanto, sem argumentos, apenas o acto de fé nas vacinas e o rótulo de fake news a artigos que, em vez disso, estão bem documentados.         

Recapitulando: existe um grupo de meios de comunicação católicos, ligados à Santa Sé, que fazem parte de um projecto para silenciar os jornalistas católicos não-alinhados, financiado por grandes lobbies internacionais contra a vida e a família, em associação com as grandes empresas farmacêuticas que produzem as vacinas. Como lhe chamaremos? Conflito de interesses? Fraude? Traição? Vergonha? Escândalo? Escolhei vós.

Se nada mais, isto faz-nos compreender porque é que os meios de comunicação católicos oficiais, e sobretudo a Pontifícia Academia para a Vida, estão tão interessados em apoiar a vacinação em massa e pretendem fazer crer que a Igreja se pronunciou a favor das vacinas sem ses nem mas, quando o documento publicado pela Congregação para a Doutrina da Fé, há um ano atrás, dizia algo bastante diferente, como assinalámos várias vezes. 

Riccardo Cascioli  


Fonte: Dies Irae

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