Quando a democracia serve para arrancar raízes com séculos de história, ou subjugar a vontade das nações à usura dos empréstimos, pode dizer-se que o liberalismo venceu em toda a linha e a escravidão veio para ficar.
Bastam dois exemplos para ilustrar o que afirmo.
O exemplo da descolonização portuguesa, irresponsável e criminosa, a troco da caridade de terceiros que assim pagam a nossa dependência e irrelevância. Uma dependência que não muda de figura pelo facto de haver outros na mesma situação.
E o outro exemplo estamos a vivê-lo em directo e a cores na Ucrânia, com o alto patrocínio da comunicação social. A Ucrânia que historicamente fala russo, que já deu czares à Rússia, está à beira de uma guerra consigo própria da qual será a primeira vítima!
Os grandes obreiros desta possível tragédia estão identificados: - a chantagem da união europeia acenando com promessas de mundos e fundos; a irresponsabilidade da NATO que não desiste de cercar a Rússia; e a habitual subserviência europeia, quer da NATO quer da união europeia.
O instrumento deste plano sinistro é como sempre a democracia liberal elevada à categoria de divindade! A receita é colocar na mesma balança a vontade de gerações e gerações de ucranianos com a vontade expressa de uma maioria fugaz numa fugaz decisão. E está feito. Quem vier atrás que feche a porta.
E já que falamos de receitas, a servidão das nações acompanha muito bem com a servidão das pessoas.
Saudações monárquicas
Fonte: Interregno
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