Na aparição de 13 de Julho de 1917, em Fátima, Nossa Senhora pediu a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, a par da comunhão reparadora nos primeiros sábados, acrescentando que, «se atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja». A consagração não foi feita devidamente por Pio XII e, tal como anunciara a Senhora do Rosário, a Rússia espalhou os seus dramáticos erros por todo o mundo. A somar a isso, a Igreja Católica, principalmente nas pessoas do conservador João XXIII, que convocou o desditoso Vaticano II, e do despudorado Paulo VI, que “herdou” a tarefa de o levar por diante, falhou redondamente ao não consagrar a Rússia e ao optar pela ostpolitik vaticana, impulsionada pelo Cardeal Agostino Casaroli, em detrimento de uma firme e definitiva condenação pública e solene do Comunismo. Ao enveredar pela ostpolitik, fortemente apoiada pela Pacem in Terris, Encíclica de João XXIII publicada em 1963, a Santa Sé tomou partido pela contradição e passou a privilegiar a profundamente errada “via do diálogo” transversal, nomeadamente com os seus inimigos de morte, em que se incluem, sem quaisquer dúvidas, os defensores do Comunismo. Para se constatar o “ar de graça” que os comunistas deixaram nas populações que subjugaram ao longo de décadas, com a vã promessa do fim da luta de classes e do advento de uma vida sorridente para todos, basta visitar e conhecer, a título de exemplo, países como a Hungria ou a Polónia.
Findo este preâmbulo, foi sem grande assombro – afinal, o que esperar mais desta “igreja em saída” que, a cada dia que passa, caminha para o abismo? – que, ontem, o semanário Voz Portucalense, da responsabilidade da Diocese do Porto, anunciou a realização de uma cerimónia que se enquadra irrepreensivelmente na linha da já referida ostpolitik do Vaticano. Quer dizer, no dia 1 de Maio, dia em que se celebra a festa de São José Operário, instituída pelo Papa Pio XII em 1955, uma Irmandade com sede no Porto promoverá a celebração de uma Missa que, para além do renomado Prelado do Porto, contará com a presença de representantes de sindicatos comunistas que, ao longo de mais de quatro décadas, se têm fortemente batido pelos interesses do “colectivo comunista” e que nada de novo vieram acrescentar ao panorama nacional. Pelo contrário, têm servido para, no mundo das fábricas e das indústrias, veicular as nefastas ideias que, em tempos, a Igreja Católica “ousou” condenar. A esse respeito, é de recordar o que escreveu Pio XI: «E, para apressar a tão desejada paz de Cristo no reino de Cristo – escrevia o Papa –, coloquemos a grande acção da Igreja Católica contra o comunismo ateu mundial sob a égide do poderoso Protector da Igreja, São José. Ele pertence à classe operária e experimentou o peso da pobreza, para si e para a Sagrada Família, da qual era o chefe vigilante e afectuoso; a ele foi confiada a divina Criança quando Herodes lançou os seus assassinos contra Ele. Com uma vida de fidelíssimo cumprimento do dever quotidiano, deixou um exemplo a todos aqueles que devem ganhar o pão com o trabalho das mãos e mereceu ser chamado o Justo, exemplo vivo daquela justiça cristã que deve dominar na vida social» (Pio XI, Encíclica Divini Redemptoris, 19 de Março de 1937). Urge tomar partido pela «divina Criança» no momento em que os Herodes do nosso tempo lançam «os seus assassinos contra Ele». Muitos desses Herodes valem-se de títulos eclesiásticos e de conspirações sinodais para perseguirem a «divina Criança»! Grande culpa desse desvio dentro da Igreja deve-se, e em larga escala, ao “diálogo” a que, no decorrer das últimas décadas, se dedicaram os membros da alta hierarquia. Se Karl Marx dizia que a religião é o ópio do povo, pode-se dizer, não sem pouca tristeza, que, nos dias que correm, o marxismo tornou-se o ópio de uma grande parte do clero, em que se incluem todos aqueles clérigos que promovem ou que tomam parte em celebrações que agregam os que, de acordo com o Decreto contra o comunismo, publicado pelo Santo Ofício a 1 de Julho de 1949, incorreram em excomunhão automática ipso facto. Todavia, quando até o próprio Pontífice se revela, a cada passo, um perigoso sequaz desta ideologia, muitas são as excepções com que nos querem engambelar para justificar iniciativas como a que decorrerá no Porto, cidade da Virgem e do Sagrado Coração de Jesus. É sacrílega a iniciativa e torna-se cúmplice a presença de um Prelado!
O que fazer? «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça» (Mt 8, 20). À imagem do Filho do Homem, somos chamados a abandonar a zona de conforto em que, recorrendo a variadas alegações, nos deixamos estar e, de forma decidida, a combater acerrimamente todos aqueles que, por adopção de ideias integralmente opostas à Sagrada Doutrina, se têm concentrado em minar a Igreja a partir do seu interior, desde o mais alto Sólio até à mais recôndita Paróquia. Nem que, para tal, tenhamos que derramar o nosso sangue até à última gota, à semelhança daquilo que faziam os saudosos Zuavos Pontifícios. Cada um dos católicos que deseje guardar a Fé é chamado à guerra santa e justa contra aqueles que atacam ou almejam atacar a integridade do depositum fidei! São José, usado para uma falsa legitimação de iniciativas ignaras como a apresentada, será de colossal auxílio neste combate. Dizia Santa Teresa d’Ávila, referindo-se ao grande Patriarca, que «pela experiência que tenho dos favores de São José, gostaria que todos se convencessem a ser seus devotos. Não me lembro até hoje de ter-lhe suplicado uma graça sem que ma tivesse concedido imediatamente». Peçamos a São José que nos conceda a graça de aniquilar tudo aquilo que, invocando ardilosamente o nome de Deus e dos Seus Santos, se apresenta como católico e dialogante, quando, na realidade, não passa de obra do demónio!
D.C.
Findo este preâmbulo, foi sem grande assombro – afinal, o que esperar mais desta “igreja em saída” que, a cada dia que passa, caminha para o abismo? – que, ontem, o semanário Voz Portucalense, da responsabilidade da Diocese do Porto, anunciou a realização de uma cerimónia que se enquadra irrepreensivelmente na linha da já referida ostpolitik do Vaticano. Quer dizer, no dia 1 de Maio, dia em que se celebra a festa de São José Operário, instituída pelo Papa Pio XII em 1955, uma Irmandade com sede no Porto promoverá a celebração de uma Missa que, para além do renomado Prelado do Porto, contará com a presença de representantes de sindicatos comunistas que, ao longo de mais de quatro décadas, se têm fortemente batido pelos interesses do “colectivo comunista” e que nada de novo vieram acrescentar ao panorama nacional. Pelo contrário, têm servido para, no mundo das fábricas e das indústrias, veicular as nefastas ideias que, em tempos, a Igreja Católica “ousou” condenar. A esse respeito, é de recordar o que escreveu Pio XI: «E, para apressar a tão desejada paz de Cristo no reino de Cristo – escrevia o Papa –, coloquemos a grande acção da Igreja Católica contra o comunismo ateu mundial sob a égide do poderoso Protector da Igreja, São José. Ele pertence à classe operária e experimentou o peso da pobreza, para si e para a Sagrada Família, da qual era o chefe vigilante e afectuoso; a ele foi confiada a divina Criança quando Herodes lançou os seus assassinos contra Ele. Com uma vida de fidelíssimo cumprimento do dever quotidiano, deixou um exemplo a todos aqueles que devem ganhar o pão com o trabalho das mãos e mereceu ser chamado o Justo, exemplo vivo daquela justiça cristã que deve dominar na vida social» (Pio XI, Encíclica Divini Redemptoris, 19 de Março de 1937). Urge tomar partido pela «divina Criança» no momento em que os Herodes do nosso tempo lançam «os seus assassinos contra Ele». Muitos desses Herodes valem-se de títulos eclesiásticos e de conspirações sinodais para perseguirem a «divina Criança»! Grande culpa desse desvio dentro da Igreja deve-se, e em larga escala, ao “diálogo” a que, no decorrer das últimas décadas, se dedicaram os membros da alta hierarquia. Se Karl Marx dizia que a religião é o ópio do povo, pode-se dizer, não sem pouca tristeza, que, nos dias que correm, o marxismo tornou-se o ópio de uma grande parte do clero, em que se incluem todos aqueles clérigos que promovem ou que tomam parte em celebrações que agregam os que, de acordo com o Decreto contra o comunismo, publicado pelo Santo Ofício a 1 de Julho de 1949, incorreram em excomunhão automática ipso facto. Todavia, quando até o próprio Pontífice se revela, a cada passo, um perigoso sequaz desta ideologia, muitas são as excepções com que nos querem engambelar para justificar iniciativas como a que decorrerá no Porto, cidade da Virgem e do Sagrado Coração de Jesus. É sacrílega a iniciativa e torna-se cúmplice a presença de um Prelado!
O que fazer? «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça» (Mt 8, 20). À imagem do Filho do Homem, somos chamados a abandonar a zona de conforto em que, recorrendo a variadas alegações, nos deixamos estar e, de forma decidida, a combater acerrimamente todos aqueles que, por adopção de ideias integralmente opostas à Sagrada Doutrina, se têm concentrado em minar a Igreja a partir do seu interior, desde o mais alto Sólio até à mais recôndita Paróquia. Nem que, para tal, tenhamos que derramar o nosso sangue até à última gota, à semelhança daquilo que faziam os saudosos Zuavos Pontifícios. Cada um dos católicos que deseje guardar a Fé é chamado à guerra santa e justa contra aqueles que atacam ou almejam atacar a integridade do depositum fidei! São José, usado para uma falsa legitimação de iniciativas ignaras como a apresentada, será de colossal auxílio neste combate. Dizia Santa Teresa d’Ávila, referindo-se ao grande Patriarca, que «pela experiência que tenho dos favores de São José, gostaria que todos se convencessem a ser seus devotos. Não me lembro até hoje de ter-lhe suplicado uma graça sem que ma tivesse concedido imediatamente». Peçamos a São José que nos conceda a graça de aniquilar tudo aquilo que, invocando ardilosamente o nome de Deus e dos Seus Santos, se apresenta como católico e dialogante, quando, na realidade, não passa de obra do demónio!
D.C.
Fonte: DIES IRAE
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